O ipê-amarelo, ou Handroanthus albus, é uma árvore conhecida pela sua imponência e simbolismo. Nativa do Brasil, apresenta uma floração vibrante e intensa, que não passa despercebida. No paisagismo, ela está cada vez mais presente na composição de jardins e centros urbanos, sendo uma ótima opção de árvore para calçada. A seguir, conheça suas características e dicas de cultivo, segundo o jardineiro Marcelo Sampaio!
Características do ipê-amarelo
O ipê-amarelo é uma árvore nativa da América do Sul, estando presente principalmente no Brasil. Segundo o jardineiro Marcelo Sampaio, a planta pode ser encontrada em diferentes áreas do país, como as regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A variedade é considerada uma árvore de grande porte e pode atingir até 30 metros de altura.
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De acordo com o especialista, existem três espécies populares de ipês-amarelos no Brasil: o ipê Tabebuia chrysotricha, que também é chamado de ipê-cascudo e possui flores amarelas vibrantes; o ipê Tabebuia serratifolia, conhecido como ipê-amarelo-de-morro, popular na região Nordeste; e o ipê Tabebuia alba, chamado de ipê-amarelo-do-cerrado, encontrado nas regiões do Cerrado brasileiro.
Por fim, a floração do ipê-amarelo ocorre entre os meses de agosto e setembro. Segundo o jardineiro, a espécie ocupa um papel essencial para a vida de insetos e pássaros, já que é uma das poucas árvores que florescem no inverno. A planta se mostra como uma boa fonte de alimento em um período onde a natureza geralmente tem escassez de flores e frutos.
Para que serve o ipê-amarelo
A palavra “ipê” tem origem tupi e significa “árvore cascuda”. Na história, a planta é popular entre as tribos indígenas, sendo usada na confecção de materiais de caça, como o arco. A árvore também foi matéria prima para diversas construções durante os séculos XVII e XVIII.
Uma curiosidade é que o ipê-amarelo é conhecido como “flor símbolo do Brasil”. Em 1961, o presidente Jânio Quadros apresentou um projeto de lei que declarava a planta como flor nacional. Apesar de o documento ter sido arquivado, a árvore se popularizou e se tornou querida em diferentes regiões.
Atualmente, no paisagismo, o ipê-amarelo possui grande valor ornamental e faz parte da decoração de jardins, áreas externas e em projetos para centros urbanos. Na gastronomia, a sua flor é comestível, sendo usada em receitas e estudos. Dessa forma, a árvore pode ser considerada uma PANC (Planta Alimentícia Não Convencional).
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Como cuidar do ipê-amarelo em casa
Segundo Marcelo, o segredo para cultivar bem o ipê-amarelo é fornecer bastante luz. Afinal, assim como toda árvore, a espécie aprecia locais de sol e muita claridade. A seguir, acompanhe outras dicas que o especialista compartilha:
1. Irrigação
Nos primeiros anos de vida, o ipê-amarelo precisa de mais irrigação para se manter sempre hidratado. No entanto, na fase adulta, o especialista explica que a árvore pode passar longos períodos sem água e se adaptar bem a essa condição.
2. Adubação
Por ser resistente, o ipê-amarelo não necessita de adubações frequentes. Marcelo indica a aplicação de adubos orgânicos apenas na primavera. Assim, a árvore terá uma floração mais bonita e intensa.
3. Iluminação
Assim como a maioria das árvores, a espécie precisa de sol direto para crescer e se desenvolver. Dessa forma, prefira o cultivo em áreas externas, como grandes campos, calçadas e jardins.
4. Solo ideal
De acordo com o especialista, a planta aprecia um substrato bem drenável e rico em nutrientes. Além disso, o local de plantio deve ser amplo, já que o ipê é uma árvore de grande porte. O cultivo em vaso deve ser apenas para a germinação de sementes e para o crescimento inicial de pequenas mudas.
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5. Mudas
A melhor maneira de fazer a propagação do ipê-amarelo é por meio de suas sementes. Marcelo explica que é preciso ficar atento à floração, pois esse período é curto e dura apenas algumas semanas. Também é necessário fazer uma boa escolha das sementes, que precisam estar maduras e boas para a germinação.
6. Podas
O ipê-amarelo não necessita de podas. Elas devem ser feitas apenas para a retirada de folhas secas ou galhos doentes. Nesse caso, é preciso usar equipamentos esterilizados para não contaminar a planta, ou deixá-la suscetível a pragas e doenças.
7. Pragas
Por fim, segundo o especialista, as pragas mais comuns da árvore são as cochonilhas, formigas, cupins e ácaros. Para combatê-las, é possível usar inseticidas e fungicidas, que são facilmente encontrados em lojas de produtos agrícolas.
Seja em seu jardim ou em frente à calçada, certamente o ipê-amarelo trará muita cor para a sua casa. Outra árvore que também tem uma floração exuberante é o manacá-da-serra, espécie fácil de cultivar e nativa da Mata Atlântica.