Foto: Reprodução / Leticia Borges
Por Ana Kordelos
Atualizado em 03.05.22
A busca por tecnologias para a criação de novos materiais é constante no ramo da construção civil: de tempos em tempos surge uma técnica revolucionária ou mesmo um novo recurso que será utilizado para proporcionar lares mais belos e práticos.
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O nanoglass é um ótimo exemplo desta tendência. Ele pode ser definido como um material industrializado, produzido basicamente de recursos como resina e pó de vidro. O resultado desta mistura é um material de alta durabilidade, com superfície de brilho intenso e acabamento cristalizado.
Seu nome entrega logo como foi produzido: através de um processo utilizando nanotecnologia com uma técnica de fusão, e seu aspecto uniforme lembra a aparência proporcionada pelo uso do vidro.
Segundo o arquiteto e designer de interiores Avner Posner, o surgimento deste material ocorreu pela grande demanda do mercado na busca de pisos e bancadas que fossem homogeneamente brancos, característica rara dentre os materiais encontrados na natureza, como o mármore ou granito.
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Foto: Reprodução / Gran Ramos
Dentre suas características principais, podemos citar o fato de o nanoglass ser um material durável, com maior resistência do que mármores e granitos, possuindo baixa porosidade, não manchando ou encardindo, boa resistência a abrasivos e ácidos, cor homogênea e brilho intenso.
Para o arquiteto Avner Posner, as vantagens de eleger este material estão especialmente na sua superfície polida, com alto brilho, na baixa porosidade do material, permitindo ser aplicado em ambiente extremamente úmidos, “além da facilidade de limpeza e de não apresentar encardidos e manchas”, adiciona.
O profissional ainda alerta sobre o cuidado necessário no momento do manuseio e instalação: “por ser um material muito rígido, o mau uso pode ocasionar trincas e rachaduras que não aceitam remendos”.
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Apesar de ter a possibilidade de ser produzido em uma gama variada de cores, aqui no Brasil o nanoglass só é encontrado na opção branca, já que este é importado de outros países.
Outro detalhe que merece atenção é evitar o contato de utensílios de cozinha com alta temperatura, já que o nanoglass é produzido com vidro, podendo ocasionar rachaduras.
Foto: Reprodução / Sueli Adorni
Materiais semelhantes, são produzidos com a mesma técnica, porém com materiais diferentes: enquanto o nanoglass utiliza resina e pó de vidro, o marmoglass utiliza pó de mármore e vidro.
Apesar de os dois terem alto grau de dureza e baixa porosidade, o único que consegue uma cor uniforme é o nanoglass, já que o marmoglass apresenta pequenos pontos pretos em sua superfície.
“A produção e composição dos dois são similares, porém destaco que o nanoglass é a evolução do marmoglass, devido à maior homogeneidade na cor, um ‘branco mais branco’, além de possuir maior resistência”, esclarece Avner.
O profissional ainda explica a diferença entre o nanoglass e outros materiais como o mármore, o granito e o silestone: “o mármore e granito são pedras naturais, não tendo qualquer homogeneidade na sua aparência, sendo que o primeiro é mais frágil e mais poroso, estando mais propenso a lascas e manchas”.
Já o silestone, assim como o nanoglass e o marmoglass, é feito industrialmente e, embora não possua um acabamento homogêneo, o material possui alta resistência e aceita retoques e emendas.
Segundo uma cotação realizada pelo profissional, o valor comercial do nanoglass pode variar bastante, ficando entre R$900,00 a R$1.500,00, alterando-se de acordo com a localidade pesquisada. O alto custo é justificado pelas suas características, além de ser um produto importado.
Após saber de suas características, vantagens e desvantagens, que tal ver a aplicação deste material na prática? Então confira a seguir uma seleção de lindos ambientes utilizando o nanoglass e inspire-se:
Foto: Reprodução / Pedroc
Foto: Reprodução / Studio Europa Mármores
Foto: Reprodução / Fábrica Arquitetura
Foto: Reprodução / Fábrica Arquitetura
Foto: Reprodução / Pedro Haruf
Foto: Reprodução / Deborah Basso
Foto: Reprodução / Tahinara Sanferry
Foto: Reprodução / Camila Cacciatori
Foto: Reprodução / Asti Mármores
Foto: Reprodução / Sandra Gonçalves
Foto: Reprodução / Luana Mattos
Foto: Reprodução / Dauster Arquitetura
Foto: Reprodução / Germana Rabello
Foto: Reprodução / Germana Rabello
Foto: Reprodução / Rosane Oliveira
Foto: Reprodução / Sarah Caldeira
Foto: Reprodução / Marmoraria Pedra Lua
Foto: Reprodução / Priscila Koch
Foto: Reprodução / Andrea Schleier
Foto: Reprodução / Muralha Marmoraria
Foto: Reprodução / Andrea de Paula e Gabriela Nóbrega
Foto: Reprodução / Mirella Ventura
Foto: Reprodução / Poligonus Arquitetura
Foto: Reprodução / Alexandre Magno
Foto: Reprodução / Inova Arquitetura
Foto: Reprodução / Peter A. Sellar
Foto: Reprodução / Toronto Interior Design Group
Foto: Reprodução / Dekora
Foto: Reprodução / Moura Ganitus
Foto: Reprodução / Maíra Acayaba
Foto: Reprodução / Jireh Pedras
Foto: Reprodução / Iara Kílaris
Foto: Reprodução / Garbarino Mármores
Foto: Reprodução / Estela Netto
Foto: Reprodução / Euro Design
Foto: Reprodução / Santos & Santos Arquitetura
Foto: Reprodução / Costa Flores
Foto: Reprodução / Fábrica Arquitetura
Foto: Reprodução / Cornerstone Architects
Foto: Reprodução / Bragatto-MG
Em relação à sua limpeza, o arquiteto recomenda evitar produtos abrasivos, e recomenda que a manutenção seja realizada utilizando produtos de limpeza simples e uma esponja macia. Produtos saponáceos são bem-vindos, mas, se desejar, basta passar um pano úmido para tirar o pó ou sujeiras superficiais.
O arquiteto Avner Posner ainda indica que, periodicamente, um marmorista seja chamado para polir a superfície, mantendo-a com o seu belo acabamento vitrificado em perfeito estado.
Opção atual, o nanoglass pode ser utilizado tanto em pisos quanto em bancadas de cozinha ou banheiros. Com características marcantes, seu design uniforme e alta resistência demonstra que este é um material que veio para ficar. Aposte!