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Ao montar um escritório, home office, estação de trabalho ou mesmo um cantinho no canto do quarto para colocar o trabalho em dia, muita coisa é levada em consideração, como uma mesa que caiba todo o material de trabalho, iluminação, decoração… Mas algo que nunca tem tanta importância, e que deveria ser o primeiro da lista, é a cadeira. Afinal de contas, é nela que você vai passar boa parte do dia.
Então ela precisa ser, no mínimo, confortável. Além do conforto falar mais alto, há ainda a parte que ninguém vê, que não é estética: é a saúde! A escolha de uma cadeira adequada é ideal para evitar dores musculares e na coluna.
Na hora da compra, opte por analisar friamente cada um dos aspectos: modelos, acabamentos, ergonomia, material. E a parte mais importante: teste a cadeira! Pense, primeiramente, qual será o uso dela.
De acordo com a fisioterapeuta especialista em fisioterapia do trabalho Luciana Melo, as cadeiras podem ser operacionais (para ambientes de trabalho, que têm uso contínuo e necessitam de movimentação, por isso, possuem rodízios) ou de diálogo (fixas e para uso em menor espaço de tempo, normalmente, cadeiras de diálogo são usadas em ambientes de espera ou reunião).
As cadeiras podem possuir espaldar baixo, médio ou alto. O espaldar baixo é usado para cadeiras de ambientes de espera ou para secretariado. O espaldar médio é utilizado geralmente em cadeiras para ambientes de trabalho com computadores. Espaldar alto é normalmente utilizado em ambientes de diretoria ou equivalentes.
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Por ser um objeto muito importante, a cadeira tem muitas normas de fabricação. Por exemplo, a norma NBR 13962:2006 é especifica para escritório – cadeiras, e especifica as características físicas e dimensionais, que classifica e estabelece os métodos para a determinação da estabilidade, resistência e durabilidade de cadeiras de escritório, de qualquer material.
De acordo com a fisioterapeuta Luciana Melo, “os padrões adotados por essa norma baseiam-se em um uso de 8h ao dia por pessoas com peso até 110Kg, com altura entre 1,51m e 1,92m e que é denominada”. Por exemplo, “para a cadeira giratória operacional, a norma define as seguintes características que a peça deve ter: regulagem de altura do assento, regulagem do apoio lombar, base giratória, base com pelo menos cinco pontos de apoio, provida ou não de rodízios, conformação da superfície do assento um pouco acentuada, e borda frontal arredondada”, explica a fisioterapeuta.
Entre as características que precisam de atenção está a altura da mesa. De acordo com a arquiteta Pamela Alexandre e a designer de interiores Claudineia de Paula, há um padrão de altura de mesas, mas, para que cada profissional se sinta confortável, a altura ideal é entre 75 cm e 80 cm, “as pessoas mais altas preferem de 80 cm, para que suas pernas fiquem em posições mais confortáveis”, explica a dupla.
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Segundo as profissionais, há ainda um ponto muito importante para ser avaliado na hora da compra: os braços. “A cadeira de braços é ideal para que você descanse os braços e tenha uma melhor postura, lembrando que precisa ter regulagem de altura, afastamento lateral, longitudinal e rotação”, aconselham.
A mesa deve ser escolhida de acordo com a altura dos braços: os braços devem estar na vertical, e os antebraços devem estar horizontalizados. O teclado e o mouse devem estar na altura dos cotovelos.
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Com a altura da mesa definida, é hora de prestar atenção nos pés. Atenção: as pernas não podem ficar balançando, precisam estar retas, em um ângulo de 90º. “Toda a sola do pé precisa estar em contato com o chão e os joelhos precisam ficar entre 90º e 110º. Essa é a postura ideal porque assim, as pernas e os troncos ficarão relaxados, estão numa posição neutra, ou seja, que não causa dor”, explica a fisioterapeuta Luciana Melo.
Por isso, se você for de baixa estatura, vale investir em apoios para os pés. Seu uso ajuda na circulação sanguínea e evita as dores na coluna, pernas e tornozelos. Segundo Pamela Alexandre e Claudineia de Paula, o suporte correto é aquele que proporciona o maior conforto ao usuário, que tenha ajustes de inclinação.
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Para quem fica o dia todo sentado, o ideal é levantar e movimentar-se por, pelo menos 10 minutos a cada duas horas. “Nesses períodos, faça exercícios de distensionamento e alongamento, especialmente para as áreas sobrecarregadas durante a pausa”, conta a fisioterapeuta. Uma boa dica para quem fica muito tempo sentado é realizar uma compensação, ou melhor, realizar o equilíbrio.
“Procure levantar de tempos em tempos, abraçar a coluna lombar com as duas mãos na altura da cintura e realizar o movimento de ‘dobrar para trás’ a coluna. Realize de 3 a 5 movimentos. Outra dica simples é procurar movimentar-se, como por exemplo uma pequena “caminhada” no escritório”, aconselha o fisioterapeuta Dr. Bernardo Sampaio.
De acordo com a Dra Luciana Melo, embora esses pequenos exercícios sirvam para movimentar um pouco o corpo que fica muito tempo na mesma posição, é importante ressaltar que alguns movimentos são prejudiciais e, por isso, devem ser evitados, como curvar-se para frente (pois a parte superior do corpo de um adulto, acima da cintura, pesa 40 Kg, em média.
Quando o tronco pende para frente, há a contração dos músculos e dos ligamentos das costas para manter essa posição. A tensão é maior na parte inferior do tronco, onde surgem dores), inclinar a cabeça (a cabeça de um adulto pesa de 4 a 5 Kg. Quando a cabeça se inclina mais de 30 graus para frente, os músculos do pescoço são tensionados para manter essa postura, e começam a aparecer dores na nuca e nos ombros.
Portanto, a cabeça deve ser mantida o mais próximo possível da postura vertical) e torções no tronco (elas causam tensões indesejáveis nas vértebras. Os discos elásticos que existem entre as vértebras são tensionados, e as articulações e músculos que existem nos dois lados da coluna vertebral são submetidos a cargas assimétricas, que são prejudiciais). “A longo prazo, podem produzir lesões nos músculos e articulações. Isso pode ser prevenido com uma alternância de posturas ou tarefas. Significa, por exemplo, alternar posições sentadas por aquelas em pé e andando”, explica a fisioterapeuta.
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Segundo Pamela Alexandre e Claudineia de Paula, o fundamental é sentar-se na cadeira e sentir-se confortável. “Um detalhe importante é escolher cadeiras giratórias com os rodízios certos para o tipo de piso do ambiente. Os rodízios com banda de rolagem em PU são os adequados para os pisos frios, cerâmicos ou em madeira, pois evitam riscos e são mais silenciosos. Salas com carpete ou tapete precisam de rodízios em nylon, onde as cadeiras deslizam melhor”, aconselham.
Além desses detalhes, existem outros, como o uso indicado de acordo com a hierarquia e funcionalidade de cada uma, e os preços, claro. Na dúvida, siga a orientação médica, do Dr. Bernardo Sampaio: “Na hora da escolha da cadeira procure uma cadeira com rodinhas, altura ajustável e com apoio lombar ajustável, para acomodarmos melhor a coluna lombar. O apoio dos braços deve ter ajuste de altura também. A almofada do assento não deve ser muito longa”.
Abaixo, listamos os modelos mais populares com especificação de características, indicações, vantagens e desvantagens. Veja as características de cada uma e pondere qual pode ser a melhor para seu caso.
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Com essa lista de dicas em mãos, vamos às inspirações!
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Para manter as cores e conservar o revestimento da sua cadeira, a manutenção precisa ser feita corretamente – inclusive, na hora da escolha do melhor produto de limpeza. Às vezes, nem precisa usar um produto super caro. Pano úmido e álcool resolvem, em muitas ocasiões, toda a limpeza. Confia algumas dicas:
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Embora sejam as cadeiras mais caras, a limpeza não é nenhum bicho de sete cabeças. Para cadeiras de couro, o ideal é que seja utilizado um produto especializado em limpa couros – é possível encontrar na versão transparente, que pode ser aplicada em todos os couros, ou colorida, específico para cada cor.
Para couro sintético, apenas pano úmido e detergente neutro já é o suficiente. De tempos em tempos, passe uma cera específica para couros por toda a superfície, para manter e prolongar o brilho natural.
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Para manter o tecido das cadeiras com as cores vivas e originais, faça uma boa limpeza com aspirador de pó. Passe primeiro o bocal maior por toda a superfície. Depois, utilize o bocal menor, ou a escovinha que vem com o eletrodoméstico, e passe em todos os cantinhos. Finalize passando um pano levemente úmido.
Caso o pano esteja muito encharcado, pode causar mofo. Não utilize produtos que contenham cloro, alvejantes ou amoníaco, pois podem desbotar ou manchar o tecido.
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Poliéster é um tipo de material super prático de limpar. Passe pano seco para tirar o pó, ou passe aspirador, com bocal de escovinha. Para um dia de limpeza mais profunda, passe buchinha com detergente neutro. Seque com pano macio.
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Para limpar as bases e os braços das cadeiras, só é preciso pano úmido e detergente neutro. Seque com pano absorvente. Não use esponjas de aço, que podem riscar e danificar o material. Para proteger o acabamento, uma vez por semana, ou a cada 15 dias, aplique cera automotiva ou vaselina líquida em toda a extensão dos braços e na base.
Veja, a seguir, modelos de cadeiras para escritório que você pode comprar agora mesmo:
O seu cantinho no escritório, na empresa ou em casa, no home office, não precisa ser 100% básico. Pode ter um pouco de cor para alegrar o ambiente de trabalho, e deve ser adequado para seu físico.
Na hora de escolher uma cadeira, não foque apenas no preço ou no design, lembre-se de todas essas dicas! E, independente de qual cadeira for sua escolhida, não esqueça o conselho Dr. Bernardo Sampaio: “não esqueça que o corpo foi feito para se movimentar, portanto ele tem quer movimentado o máximo possível. A melhor forma de prevenção para dores no corpo e, principalmente, na coluna, é a prática regular de exercícios e bons hábitos posturais”.