Cacto: como cuidar, tipos e dicas para a decoração

terecordeyro


Atualizado em 05.02.24

Os cactos são fáceis de cuidar e contam com uma beleza exótica em diferentes tipos e tamanhos. De acordo com a paisagista Mônica Cipelli, “pertencem à família das cactáceas e sobrevivem em lugares quentes ou áridos acumulando água em seus tecidos”. Isso se dá pelo fato de eles serem plantas suculentas, ou seja, plantas que fazem o armazenamento de água em quantidades muito maiores que nas plantas normais. Mas a profissional esclarece: “os cactos são plantas suculentas, mas nem todas as plantas suculentas são cactos”. Portanto, não confunda! Existem muitos tipos de plantas suculentas, e o cacto é apenas uma delas.

Como cuidar

Apesar de serem plantas bem fáceis de cuidar, os cactos precisam de cuidados simples para que cresçam saudáveis e bonitos. Acompanhe as dicas da paisagista abaixo para cuidar corretamente dos cactos em geral:

Iluminação: o cacto é uma planta desértica, então é fundamental que ele pegue Sol direto por pelo menos 4 horas por dia, de preferência durante as horas mais quentes. “A maioria dos cactos gostam de sol, mas alguns se adaptam em local interno próximo de janelas”, diz Mônica.

Regas: um dos problemas mais comuns dos cactos é o apodrecimento da planta, quando regada constantemente. “O ideal é regar apenas uma vez por semana em pouca quantidade”, ensina a profissional. No outono e no inverno, as regas devem ser ainda mais espaçadas. “É durante esta época do ano que os cactos repousam, por isso, devemos reduzir sua irrigação em uma ou duas vezes ao mês”.

Solo: é fundamental que o solo do cacto seja bem drenável para impedir o encharcamento da terra e, por consequência, o apodrecimento das plantas e aparecimento de pragas.

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Abubação: deve ser realizada durante o verão e a primavera. “Pode ser uma vez por mês, usando NPK 10-10-10 ou adubo orgânico, como farinha de ossos, torta de mamona e húmus de minhoca, de acordo com as informações do fabricante”, orienta a paisagista.

Como plantar em vasos: faça uma camada no fundo de um vaso com furos com argila expandida ou brita para facilitar a drenagem e cubra com um pedaço de manta bidim. Em seguida, coloque o substrato, que pode ser uma mistura de terra com areia. Finalize com uma cobertura com pedriscos ou cascas de pinus.

Floração: todos os cactos florescem e no geral, as flores costumam aparecer após dois anos de cultivo. Se o seu cacto não estiver florindo, observe se a planta está recebendo uma boa incidência de sol e se a adubação é feita com frequência.

Estiolamento: o sol também é importante para evitar um fenômeno chamado de estiolamento, onde o cacto fica tortinho e acaba se “esticando” em busca de luz. Quando são cultivados em ambientes com baixa luminosidade natural, a planta faz um grande esforço em busca de sol e, com isso, acaba gastando muita energia.

Crescimento e poda: “cacto tem crescimento lento e quase nunca precisa de poda. Mas, caso seja necessário retirar partes da planta, utilize luvas para não se machucar”, explica Mônica.

Controle de pragas: se o seu cacto está com cochonilhas, a dica é retirá-lo da terra e limpá-lo com uma escova de dentes e sabão neutro. Depois, aplique óleo de neem e faça o replantio em um novo substrato. Outro problema comum é a raiz apodrecer e o cacto ficar com a base melada, nesse caso, corte a parte afetada e deixe cicatrizar por mais ou menos uma semana; depois, plante novamente e fique sem regar por um mês, até que ele crie raízes.

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Tipos de cacto

Segundo Mônica, existem 176 gêneros e 2.275 espécies de cactos. Confira abaixo tipos mais interessantes e populares selecionados pela paisagista para você conhecer e começar a cultivar:

1. Cacto ouriço

É uma espécie nativa do México, que atinge de 7,5 a 30 cm de altura. Seu caule é verde escuro com espinhos. Possui flores roxas ou rosas que aparecem no verão, é tolerante ao frio e ao calor.

  • Nome científico: Echinocereus reichenbachii
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: coloque água em pouca quantidade, uma vez por semana. Repita a rega com essa frequência somente se o solo estiver seco, caso necessário espace ainda mais.

2. Cacto mandacaru

Nativo do Brasil, é muito comum na caatinga, no nordeste do país. É também conhecido como cardeiro e jamacaru. Seu nome, mandacaru, vem do tupi e significa “espinhos agrupados danosos”. Seu formato escultural lembra um candelabro, é fácil de cultivar e pode ser colocado em vasos dentro de casa, desde que receba sol diariamente. Sua floração ocorre durante a primavera, mas suas flores só aparecem a noite e duram apenas até o amanhecer.

  • Nome científico: Cereus jamacaru
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: uma vez por semana durante o verão e a cada duas no inverno

3. Barba de velho

Seu nome popular é devido à grande quantidade de pelos brancos que possui. Entretanto, esses pelos são espinhos modificados que protegem a planta do sol e geada, e escondem espinhos bastante afiados. Nativo da América Central, está ameaçado de extinção. Só floresce após 20 anos de plantio e suas flores são vermelhas.

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  • Nome científico: Cephalocereus senilis
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: coloque água cerca de uma vez por semana, mas somente se o solo estiver seco

4. Cacto coroa de frade

É um tipo de cacto pequeno, ideal para o cultivo em casa. É nativo do Brasil, encontrado em regiões de Minas Gerais e Bahia. É uma planta globosa com formato cilíndrico revestida de espinhos que pode chegar a 30 cm de altura e 20 cm de diâmetro. Suas flores são de cor rosa e vermelha.

  • Nome científico: Melocactus ernestii
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: coloque pouca água cerca de uma vez por semana

5. Cacto amendoim

É nativo da Argentina e tem esse nome porque suas hastes têm diâmetro do tamanho de um amendoim. É uma planta ramificada de 30 cm, que floresce na primavera e suas flores são vermelhas.

  • Nome científico: Echinopsis chamaecereus
  • Iluminação: meia-sombra
  • Rega: coloque pouca água cerca de uma ou duas vezes por semana

6. Mil cores

É um cacto com visual exótico, com formato globular, com espinhos marrons e curtos. Apresenta coloração verde com nuances de roxo, sua tonalidade varia conforme a quantidade de luz solar que recebe. Seu crescimento ocorre em colônia e é natural da Bolívia. As flores aparecem apenas durante o dia, na base da planta e são da cor magenta.

  • Nome científico: Sulcorebutia rauschii
  • Iluminação: meia-sombra
  • Rega: 2 vezes por semana, mas coloque água apenas se o solo estiver seco

7. Cacto dedal

São pequenos cactos que se aglomeram. Seus espinhos são esbranquiçados e ficam entrelaçados, com aparência rendada e são inofensivos ao toque. É necessário cuidado ao manusear a planta, para não quebrar seus brotos. Seu crescimento é lento e ele floresce no outono e no verão com pequenas flores amarelas.

  • Nome científico: Mammillaria vetula
  • Iluminação: sol pleno ou meia-sombra
  • Rega: devem ser espaçadas para que o substrato seque completamente até a próxima rega

8. Cacto ursinho

É um cacto de crescimento lento, mas de abundante floração. Apresenta espinhos macios, o que possibilita ser tocado sem medo. Suas flores são normalmente alaranjadas ou brancas e surgem durante a primavera e o verão. É originário da Bolívia e apresenta um crescimento em colônia, com novos brotos que se desenvolvem ao seu redor.

  • Nome científico: Rebutia muscula
  • Iluminação: sol pleno ou meia-sombra
  • Rega: devem ser espaçadas para que o substrato seque completamente até a próxima rega

9. Orelha de coelho

Apesar de ser um cacto pequeno, é preciso cuidado com seus espinhos, que são bastante finos e difíceis de remover. É um minicacto ideal para cultivo em vasos isolados ou em conjunto com outras espécies. Possui um tronco verde, dividido em partes, como orelhas de coelho.

  • Nome científico: Opuntia microdasys
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: coloque água cerca de uma vez por semana

10. Flor-de-maio

É um cacto epífito, que na natureza utiliza árvores como suporte. Fica linda cultivada em vasos suspensos, com suas flores que surgem no outono e inverno, normalmente começando a florir no mês de maio. Apresenta pequenos gomos verdes sem espinhos, com flores de cores vibrantes, como rosa ou vermelho.

  • Nome científico: Schlumbergera truncata
  • Iluminação: meia-sombra
  • Rega: coloque água cerca de uma vez por semana, não tolera excesso de água

11. Cacto da primavera

Também é conhecido popularmente como flor-de-outubro e é da mesma família da flor-de-maio. É um cacto pendente, sem espinhos, nativo do Brasil, de fácil manutenção e floração abundante. Suas flores avermelhadas ou rosadas costumam aparecer em formato de cascatas na primavera.

  • Nome científico: Hatiora gaertneri
  • Iluminação: meia-sombra
  • Rega: coloque água cerca de uma vez por semana ou somente quando o solo estiver seco, evite molhar as folhas

12. Poltrona de sogra

É um cacto grande e redondo que chega a medir 60 cm de diâmetro, por isso também é conhecido como cacto-bola. Por seu formato, fica muito vistoso em vasos rasos e isolado. Seus afiados espinhos são longos e amarelados. Produz grandes flores isoladas de cor amarela.

  • Nome científico: Echinocactus grusonii
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: coloque água cerca de uma vez por semana no verão e uma vez por mês no inverno

13. Cacto orquídea

É um cacto encontrado em florestas tropicais, principalmente no México. É epífita, com galhos pendentes, e cresce entre 60 cm e 1 m. Floresce na primavera, com flores vistosas, grandes e vermelhas.

  • Nome científico: Disocactus ackermannii
  • Iluminação: meia-sombra ou luz difusa
  • Rega: coloque água uma vez por semana para manter o solo úmido, mas sem encharcar. No inverno, aumente a frequência para 10 dias

14. Cacto botão

O cacto botão tem altura de 6 cm, sendo uma das menores espécies de cacto. Seu corpo é totalmente coberto por espinhos esbranquiçados. Floresce nos meses quentes e, após a floração, produz um fruto vermelho comestível. Se propaga por divisão de planta e por sementes.

  • Nome científico: Epithelantha micromeris
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: coloque água cerca de uma vez por semana

15. Cacto dedo-de-dama

É conhecido por seus caules alongados, que lembram dedos. Tem crescimento lento e chega apenas a 15 cm de altura. É indicado para pequenos arranjos de suculentas ou vasos sobre mesas e aparadores. Uma de suas variedades mais famosas é a “ouro”, com espinhos em tom dourado.

  • Nome científico: Mammillaria elongata
  • Iluminação: sol pleno, mas sobrevive em em ambientes de meia-sombra
  • Rega: coloque água uma vez por semana

16. Rhipsalis de flor amarela

Apresenta pouca semelhança com os cactos mais conhecidos, com seu porte ereto e bastante ramificado, mas que, com o crescimento, pode ir se tornando pendente. Suas flores apresentam um tom bem amarelado, surgindo nas extremidades dos segmentos. É uma planta nativa do Brasil e, ao contrário da maioria dos cactos, não precisa de muito sol.

  • Nome científico: Hatiora salicornioides
  • Iluminação: luminosidade difusa e indireta
  • Rega: coloque água uma ou duas vezes por semana para manter o solo úmido, mas evite o encharcamento

17. Capuz de monge

É uma planta cilíndrica que, ao ser observada de cima, apresenta uma formação de estrela, com um número de pontas que pode variar de 5 a 10. Apresenta flores grandes e amareladas, mas necessitam de luminosidade intensa, com várias horas de sol pleno, para serem produzidas. Além disso, apenas plantas maduras são capazes de dar flores, o que pode levar mais de 10 anos de cultivo. É preciso tomar cuidado com seus espinhos, que são bastante longos e de natureza mais agressiva. Deixe fora do alcance de crianças e pets.

  • Nome científico: Astrophytum ornatum
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: coloque água a cada 10 dias, mas somente se o solo estiver seco

18. Cacto sianinha

Originário do México, esse cacto é muito cultivado devido ao seu aspecto ornamental. Possui uma folhagem sinuosa, que lembra as fitas utilizadas em artesanatos. Adapta-se a ambientes de sombra e não possui espinhos agressivos. Suas flores abrem durante a noite e são muito perfumadas.

  • Nome científico: Selenicereus anthonyanus
  • Iluminação: sombra ou meia-sombra
  • Rega: coloque água a cada 10 dias e apenas se o solo estiver seco

19. Cacto alfinete

É um espécie de cacto raro e de tamanho pequeno, que cresce até 27 cm. Possui espinhos brancos que constrastam com suas flores, que podem ser rosas, laranjas ou amarelas.

  • Nome científico: Escobaria sneedii
  • Iluminação: meia-sombra
  • Rega: coloque água de forma lenta uma vez por semana

20. Cacto figueira-da-índia

É um cacto de porte arbustivo, com altura entre 1,5 e 3 m, ramificado e frutífero. A presença de espinhos varia, com ramos densamente espinhosos ou desprovidos. É ideal para quem deseja um jardim desértico, rochosos e de baixa manutenção. Também pode ser utilizado com cerca-viva ou cultivado em vasos.

  • Nome científico: Opuntia ficus-indica
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: não necessita de regas se exposto a chuvas, é extremamente resistente à estiagem

Cactos na decoração da casa

Agora que você já conheceu diferentes tipos de cactos e já sabe como cuidar deles corretamente, confira nossas inspirações com esta planta linda e autêntica, para deixar sua casa ou seu jardim cheios de personalidade:

Foto de cacto 22 - 25

Foto: Reprodução /Nicepiic

Foto de cacto 24 - 27

Foto: Reprodução /Cactus Voice

Foto de cacto 26 - 28

Foto: Reprodução /Papel Decor

Foto de cacto 32 - 30

Foto: Reprodução /Suite Arquitetos

E aí, gostou de saber mais sobre os cactos? Se você é apaixonado por essa planta, que tal começar a cultivá-la na sua casa? Agora que você sabe as vantagens de se ter um cacto no seu lar, é só escolher a espécie que mais lhe agrada, de acordo com a sua personalidade. Sol pleno, pouca água e um solo bem drenável são os itens necessários para o seu cacto crescer saudável e viver plenamente feliz. E claro, muito amor e carinho também. E para incrementar o seu jardim, veja também várias ideias de plantas de sol que são resistentes.

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Lucinea
Lucinea

Eu amo plantas ,tô apaixonada por cactos 🌵❤

Andressa Oliveira
Tua Casa
Andressa Oliveira
Respondendo a  Lucinea

Que maravilha! Os cactos são encantadores. Se surgir alguma dúvida sobre cuidados específicos temos vários guias de plantas para te ajudar.